Onde Comer – Buenos Aires

Chila (Alicia Moreau de Justo 1160 – Puerto Madero)
Esse é o meu restaurante preferido do mundo. Eu disse do M-U-N-D-O! Se deseja jantar em Puerto Madero, esqueça as parrillas tradicionais e vá ao Chila!

Sim, antes de começar é bom deixar claro que jantar no Chila é caro (800 pesos o menu de três passos, sem bebida). Mas também vale ressaltar que cada centavo é devolvido em forma de sabores, cortesias e delicadezas. A comida é simplesmente divina! Tem aquelas frescurinhas (espuma de não sei o quê com redução daquilo outro) que, neste caso, são pura alquimia de sabor!

Em 2012 comi ali o melhor risoto negro de frutos do mar da vida. Após três anos voltei esperando a mesma experiência. Porém, o cardápio foi todo atualizado, o que aboliu o meu risoto. Frustração? Um pouco no início, mas totalmente superada ao longo do jantar.

Chegada: pão de vinho (você nao acredita na casca deste pão!!!!), manteiga com pimenta e flor de sal e pãozinho com molho bechamel sobre ovo de codorna e bacon. Entrada: camarões ao molho de tomate com ervas, espuma de limão e fatias finíssimas de melão.

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Entrada – Restaurante Chila

Principal: merluza negra com maçã verde (umas envoltas em açúcar e outras sobre molho de queijo) e um molho de uma coisa deliciosa que não me lembro. Sobremesa: souflé de doce de leite com sorvete de creme e um leite meio azedinho. Simplesmente a melhor sobremesa que já comi na vida!

Sobremesa - Restaurante Chila
Sobremesa – Restaurante Chila

Drink: daikiri diferente. Total: 2125 pesos argentinos (dois menus de três passos, dois drinks, três águas e um café).

Daikiri - Restaurante Chila
Daikiri – Restaurante Chila

Conclusão: se puder esbanjar, não deixe de ir! A comida é deliciosa, o ambiente é lindíssimo (varanda toda de vidro voltada para o rio) e os garçons são a educação e cortesia em pessoa!

3ª a Domingo: das 20h às 0h

Dada Bistro (San Martin 941 – Centro)
Pequeno (pequeno mesmo!!!), sempre cheio (inclusive às 22h de uma segunda-feira), acolhedor (tanto pelas paredes vermelhas quanto pelos/as garçons/garçonetes), bons drinks (o daikiri de frutas vermelhas é digno de um mergulho), comida muito boa (comi o risoto de camarão. Bom e bem servido), sobremesa gostosa e grande (volcón de doce de leite bom e dá para dividir – mas perde de muito para o do Chila), clientes animados e interessantes (tem-se a impressão de estar na sala de jantar de alguém, do tanto que as pessoas se soltam e se divertem. Frequentado por gatinhos descolados e tiozões interessantes) e preço justo (couvert, três drinks, duas águas, dois risotos e uma sobremesa = ARS 715).
Conclusão: não deixe de ir! Mas faça reserva!!!!!

Tel.: 4314-4787
dadabistro@hotmail.com

El Sanjuanino (Posadas, 1515 – Recoleta)
Onde há fumaça há fogo. Empanadas famosas por merecimento. São deliciosas (não deixe de provar a de carne suave). A parrilla também é muito boa. Na verdade, foi a melhor carne que provei em Buenos Aires: macia e surpreendentemente temperada (coisa rara na Argentina). Mas minha iguaria preferida servida no El Sanjuanino é, sem dúvida, o alfajor!!!

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Homemade, folhado, recheado com doce de leite doce na medida certa e coberto por uma fina camada de açúcar. Preço justo.
Conclusão: vá, prove a empanada e traga um alfajor para mim.

Oviedo (Beruti, 2602 – Recoleta)
Fizemos a reserva para a noite da nossa chegada e não nos arrependemos. Por ser próximo ao hotel, conseguimos chegar a tempo do horário marcado e voltar a pé mesmo, fazendo a digestão. Rs…

De cara você vê que é um restaurante fino, mas a comprovação vem mesmo com o serviço e os pratos. Garçons metidos e pouca comida (apesar de muito gostosa). Caro, mas nada estrondoso.
Conclusão: vá jantado.

Cafe del Mercado (Mercado de San Telmo)
Excelente para um cafezinho antes ou depois de passear pela feira de San Telmo. Há vários tipos de café e as medialunas são bem gostosas.

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O preço está mais para turístico, mas vale experimentar.
Conclusão: senta um tiquinho e toma um café!

Lo de Jesus (Gurruchaga, 1406 – Palermo Viejo)
A minha principal impressão desse restaurante com mesas na rua é a lerdeza do lugar. Simplesmente tudo demora: o primeiro contato do garçom, as bebidas (no caso, água e refrigerante), o couvert, a entrada (duas simples empanadas), o prato (apenas uma salada!!!), a sobremesa (30 minutos para uma panqueca de maçã com sorvete), o café e a conta.

O ambiente é gostoso e bem localizado (meio no finzinho do Palermo, quando vc já está exausta e faminta). A comida me pareceu gostosa (uma empanada e uma salada não me dão embasamentos para uma avaliação mais profunda), mas a demora foi, sem dúvida, a característica mais marcante deste estabelecimento. O que era para ser uma paradinha rápida levou quase 2 horas. E olha que o restaurante não estava cheio!
Conclusão: só pare se estiver com muuuuuito tempo.

Tomo I (Carlos Pellegrini, 521 – Centro)
Deixei por último porque, para mim, é muito difícil falar sobre esse restaurante. Mas minha primeira dica é: não vá ao Tomo I. Caro. Comida ruim e atendimento metido. Sei que a minha avaliação sobre o Tomo I destoa do restante, afinal, em muitas listas ele figura na primeira posição, mas esse restaurante foi responsável pela maior frustração da minha viagem!

Reserva feita desde o Brasil, roupa bonita para a grande noite e uma comida horrível acompanhada de vinhos tão ruins quanto! Pedimos o menu degustação e a cada prato fomos surpreendidas negativamente. A entrada parecia uma lavagem, o peixe estava insosso e a sobremesa voltou praticamente intacta de tão ruim. Saímos e comemos uma empanada em um kiosoko pelo caminho.
Conclusão: não vale gastar nenhuma noite da viagem lá. A não ser que sua intenção seja tirar onda na rodinha de amigos dizendo que foi no número 1 de Buenos Aires (nem assim vale a pena!)

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Real x Pesos Argentinos

Com o aumento do IOF, usar cartão de crédito em viagens internacionais deixou de ser tão atrativo. Na maioria das vezes eu prefiro levar dinheiro vivo. Assim, pago menos taxas e diminuo o risco de gastar mais do que posso ou pagar uma fatura de cartão de crédito monstruosa porque o câmbio variou muito. Porém, dependendo do seu destino, o quesito comodidade pode compensar o uso do cartão, principalmente quando a taxa de câmbio ofertada na cidade é bem pior que a do cartão.

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Em Buenos Aires, durante muito tempo (e até há pouco tempo), o lugar mais conveniente para se trocar reais por pesos, por uma cotação ok, era o Banco Nación. Além da segurança, o banco possui uma agência bem no aeroporto Ezeiza (é só sair do desembarque e voltar à direita. No fim tem um corredor que dá acesso à agência – um guardinha controla a entrada a saída dos clientes) que funciona todos os dias do ano – incluindo Natal e Réveillon -, 24 horas por dia.

Porém, de uns tempos para cá, o Banco Nación anda oferecendo uma cotação bem ruim para a troca do real por peso. Mas, nem tudo está perdido! A cotação oferecida é ótima para dólares. Ou seja, se você está pensando/precisando trocar dinheiro logo na chegada em Buenos Aires, leve a moeda americana.

Mas se você tiver tempo livre na sua viagem, durante a semana e em horário bancário (11h às 15h), deixe para trocar a maior parte do seus reais nas casas de câmbio, no centro da cidade – a maioria das corretoras estão perto da esquina das calles Sarmiento e San Martín. Multifinanzas e Alpe, normalmente, praticam boas cotações para real e para dólar. #ficaadica

Aos finais de semana ou fora do horário “comercial”, a opção para trocar dinheiro são as casas de câmbio convencionais. Porém, esteja ciente que a cotação será pior.
😦

As casas de câmbio “paralelas” já foram a saída para os brasileiros por oferecerem cotações melhores para a troca de real por peso. Porém, atualmente, a diferença é muito baixa, não compensando o risco de se praticar um ato ilegal fora de casa.

Outra alternativa é sacar pesos em caixas eletrônicos, direto da sua conta bancária. Porém, além do IOF, você paga uma tarifa de saque para o seu banco e outra por usar o caixa. Por isso, use essa alternativa apenas em casos de emergência, tipo pegar um táxi em um domingo à noite.

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Bairros – Buenos Aires

Para mim, os melhores bairros para se hospedar são a Recoleta e o San Telmo. Porém, se você está disposto a pagar um pouco mais para ficar em uma região mais hypster (e mais longe do centro), o Palermo é uma ótima opção. Escolha o bairro de Buenos Aires que é a sua cara e escolha seu hotel!

Centro
Como na maioria das cidade grandes, o centro é a parte mais antiga, mais perto dos monumentos tradicionais e, ao mesmo tempo, a região mais “decadente” da cidade. Em Buenos Aires não é diferente. Nas duas primeiras vezes que fui à capital, me hospedei no centro. O que é uma boa opção, pois os preços dos hotéis são mais baixos e, durante o dia, você não precisa gastar muito com transporte, já que o Obelisco, a Calle Florida, as Galerías Pacífico, a Casa Rosada e outros pontos turísticos estão bem perto. Porém, à noite, andar pelas ruas pode ser um pouco amedrontador. Mas nunca me aconteceu n-a-d-a!

Galerías Pacifico
Galerías Pacifico

Conclusão: se você está meio sem grana e não fica (muito) inseguro com mendigos e ruas escuras, fique no Centro feliz da vida. Mas se você não está com muito dinheiro, mas tem um pouco de medo, o Centro continua sendo uma opção – ande de táxi à noite.

Recoleta
Esse é o meu bairro preferido para ficar hospedada. É perto do Centro, mas respira um ar mais luxuoso. As ruas são mais largas, arborizadas, bonitas e iluminadas. Sem contar que vários pontos de interesse, como o Cemitério da Recoleta e o Museu de Bellas Artes estão por ali. É um pouco mais caro, mas vale a pena! Aliás, tenho uma indicação de um flat super em conta na Recoleta – veja aqui onde se hospedar em Buenos Aires.

Parque na Recoleta - Buenos Aires
Parque na Recoleta – Buenos Aires

Retiro
Esse bairro fica no entorno da Plaza San Martin, até a Avenida 9 de Julio – bem pertinho do Centro. Porém, seu visual está mais para a Recoleta do que com o Centro propriamente dito – as ruas são mais tranquilas, seguras e bonitas.

Palermo
Esse é o bairro descolado de Buenos Aires. É praticamente o “Soho” da cidade, onde jovens designers dão um ar moderno às casas, bares e restaurantes das ruas que cortam a Av. Honduras – principal do bairro. A região é ótima para fazer compras em lojas alternativas e bater perna durante o dia e beber e comer durante a noite. Os restaurantes e barzinhos estão predominantemente localizados próximo à Plaza Julio Cortázar, também conhecida como Placita Serrano. Aos finais de semana, a região se transforma em uma pequena feira de artesanato e brechó.

Palermo - Buenos Aires
Palermo – Buenos Aires

San Telmo
Verdadeiro bairro hypster de Buenos Aires, Já foi a região mais rica da cidade, mas uma epidemia de febre amarela espantou os barões da região. Depois de muitos anos abandonado, o bairro foi redescoberto e os casarões restaurados. Aos domingos, uma feira de antiguidade toma conta das ruas charmosas, que acolhem barraquinhas, artesãos e artistas de ruas. Tudo na maior vibe. Tem um quê de Santa Tereza, no Rio de Janeiro.

Puerto Madero
Essa região é uma daquelas obras de revitalização que deu certo – pelo menos do ponto de vista turístico. O porto que antes estava abandonado e decadente foi totalmente reformulado e as docas e armazéns passaram a abrigar escritórios de multinacionais, lofts charmosos e restaurantes bacanas. Porém, ainda é um pouco “distante” de tudo, por isso recomendo apenas passear e jantar por lá. Para se hospedar, fica um pouco fora de mão…

Puerto Madero - Buenos Aires
Puerto Madero – Buenos Aires

Caminito
Personagem principal da maioria das fotos dos turistas que visitam Buenos Aires, o Caminito é um passeio típico, mas não um bom lugar para se hospedar. As casinhas coloridas e os dançarinos de rua contrastam com a pobreza e o ar “industrial” de todo o resto da região. A dica é gastar uma hora do dia passeando por ali e seguir viagem.

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Caminito – Buenos Aires

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Onde Ficar – Buenos Aires

Apart Hotel San Diego (Rodriguez Peña, 1158 – Recoleta)
Excelente custo-benefício para quem quer se hospedar na Recoleta sem deixar um rim por ali. O quarto é grande, com cozinha (sem fogão) e sala. O chuveiro é excelente e os recepcionistas são muito atenciosos! A internet no quarto não funciona tãããão bem nos horários de pico, mas nada de drama!

A localização é muito boa, quase esquina com a Avenida Santa Fé. Essa rua é meio bagaceira, um pouco parecida com os nossos centros de cidade, mas tem todas as lojas, kioskos e bancos que você precisa. Sem contar que sempre passa táxi! Em frente ao Apart Hotel tem um Carrefour Express (não aceita cartão), ponto de ônibus e dois bares/restaurantes que sempre estão cheios de jovens (imagino que seja ponto de paquera, porque o cardápio não condiz com a lotação). O hotel não fica na parte mais nobre da recoleta, mas é bem pertinho dela!

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Como nada é perfeito, aqui vão os pontos negativos: café da manhã fora do prédio (mas é bem perto), com poucas opções e media lunas ruins (aproveite a cozinha e o Carrefour em frente e faça seu próprio café! Uma ótima oportunidade de comer como um argentino de verdade); rua barulhenta – muitos ônibus, gente e pessoas buzinando (buzinas me pareceram muito comuns na cidade). Porém, quando a janela/varanda está fechada, o barulho não incomoda; e barulhos estranhos nas paredes – na verdade não é um problemão, mas dá susto de vez em quando.

Conclusão: excelente custo benefício. Vale a pena reservar!