Plaza de Mayo
Ponto de partida de muitos turistas, a Plaza de Mayo concentra uma boa parte dos pontos turísticos de Buenos Aires. O local sempre foi o centro da vida política da cidade, mas ficou famosa mesmo com os protestos constantes das mães de desaparecidos durante a ditadura militar. Todas as quintas-feiras, entre as décadas de 1960 e 1980, o grupo se reunia na praça com as fotos dos seus filhos em mãos, em um comovente manifesto.
A praça também é ponto de encontro dos peronistas – movimento criado e liderado a partir do pensamento de Juan Domingo Perón, militar e ex-presidente argentino – que se reúnem anualmente, no dia 17 de outubro, para celebrar a libertação de Perón.
A manifestação pelo fim da ditadura e pelo apoio à invasão das Malvinas também ocorreram na Plaza de Mayo, que também foi palco dos conflitos sociais de 2001 que levaram à renúncia do presidente Fernando de la Rúa.
Já deu para perceber que o lugar é importante e tem história, né? No seu entorno estão prédios importantes, como a Casa Rosada, a Catedral de Buenos Aires e o Cabildo.
Casa Rosada (Calle Balcarce, 50 – Centro)
Quem se lembra da cena da Madonna cantando “Don’t cry for me, Argentina” com certeza sabe do que estamos falando. A emblemática Casa Rosada é sede da presidência da República Argentina e abriga também o Museu da Casa do Governo, com material relacionado aos presidentes do país.
A casa, que é rosa mesmo, foi construída em 1594 pelo governador Fernando Ortiz de Zárate. Porém, em 1937, o presidente Agustín Pedro Justo decidiu que ir pôr tudo na chon. A ideia era estender a Avenida de Mayo até Puerto Madero e, nesse caso, a Rosada era um empecilho. A demolição começou pelo lado sul, mas foi freada por Roberto Marcelino Ortiz que foi recém-eleito como presidente da Argentina. A Casa Rosada sobreviveu, mas a ala sul nunca mais foi reconstruída.

Sobre a cor escolhida, as especulações são muitas. Dizem que a tinta foi feita a partir de sangue animal ou que o rosa simboliza a união das cores dos dois partidos da épocas – branco e vermelho. Porém, a que mais gosto é que o rosa foi escolhido por ser a cor de tinta mais barata. Fala que não é mais realista? Rs…
Atualmente, é possível fazer uma visita guiada – gratuita – à Casa Rosada. O tour passa pelos principais setores da Casa do Governo, como Salão de Patriotas Latinoamericanos, Pátio das Palmeiras, Salão das Mulheres Argentinas, Varanda para a Plaza de Mayo, etc. O serviço é oferecido apenas em espanhol e inglês (sábado, domingo e feriado). Chegue cedo ou vá com tempo, pois costuma ter (muita) fila.
Visita guiada
Sábados, domingos e feriados – 10h às 18h
Saída de grupos a cada 10 minutos
Duração: 1 hora
Entrada gratuita
Ao lado da Casa Rosada está o Museu Bicentenário, um prédio com sacada de vidro e entrada gratuita. As exposições contam a história da Argentina.
4ª a domingo – 11h às 19h
Entrada gratuita
Catedral Metropolitana (Calle San Martín, 27/Av. Rivadavia, Centro)
Apesar de ser “A” catedral de Buenos Aires, de fora, o prédio não se parece muito com o nosso padrão visual de igreja. Sem torres, a fachada da catedral possui 12 colunas representando os apóstolos. No interior, quadros e esculturas de artistas italianos (em sua maioria). Ao lado direito da Catedral, está o Mausoléu com os restos do herói libertador argentino, General San Martín.

Obelisco (cruzamento entre Av. 9 de Julio e Corrientes)
O pirulito (referência mais comum para quem é de BH), ou Obelisco, como dizem os argentinos, é o marco zero da cidade. O monumento foi construído na década de 1930 em comemoração aos 400 anos da cidade. Com 67 metros de altura – máximo permitido para a região – o Obelisco foi erguido onde, antigamente, existia uma igreja (a bandeira da Argentina foi hasteada pela primeira vez no tempo, em 1812).

Calle Florida
Flórida ou Florida. A pronúncia varia, mas o charme da rua de comércio mais turística de Buenos Aires não muda. Fechada para tráfego de carros e com vários quiosques de flores, a Calle Florida é endereço de várias lojas e galerias, tipo shoppings – a mais famosa é, sem dúvida a Galerías Pacífico (veja onde fazer compras em Buenos Aires). Por ser turística e estar bem no centro da cidade, muito artistas de rua, mendigos e ambulantes (de ouro, dinheiro e tudo mais) aproveitam para fazer uma graninha. Nunca corri perigo nas redondezas, mas não é o local da cidade onde me sinto mais segura.

Teatro Colón (Cerrito, 628)
Inaugurado em 1908, o atual Teatro Colón (o primeiro foi construído – e destruído – próximo à Plaza de Mayo) possui umas das cinco melhores acústicas do Mundo. Até o Pavarotti elogiou. Recém-reformado, o espaço possui visitas guiadas diárias.

Visita guiada:
Entrada pela rua Tucumán 1171 (Pasaje de Carruajes)
Todos os dias de 9h às 17h
Duração: 1 hora
ARG 180
Avenida 9 de Julio
Diz a lenda que essa é a avenida mais larga do mundo. Nunca medi todas para comprovar, mas digo que atravessar a Avenida 9 de Julio, em Buenos Aires, demora bastante! O nome faz referência à data de independência da Argentina, mas o legal dessa avenida não está ao olhar para trás, mas sim, para cima. Os prédios são o grande tchan do lugar. O Edificio del Ministerio de Obras Públicas (Av. 9 de Julio, 1925), que tem duas imagens enormes da Evita Perón, e o Hotel Panamericano (Carlos Pellegrini, 550 esq. com Av. 9 de Julio) – mais precisamente o seu mirante – são o grande destaque. Porém, só é permitido subir ao topo do hotel nos dias que fazem parte do programa de miradores de Buenos Aires ou se você pagar uma diária, é claro.
Quase no cruzamento com a Avenida de Mayo, no canteiro central, estão dois monumentos que valem uma fotinha – não o fiz 😦 – um em homenagem a Dom Quixote e outro celebra as Cataratas do Iguaçu.
Plaza San Martín (Retiro)
Pausa para o verde. No Retiro – área entre o Centro e a Recoleta – se esconde esse pequeno oásis urbano. A praça é uma grande área verde rodeada por prédios lindos e imponentes onde, em outros carnavais, morou algumas das famílias mais importantes da Argentina. O Edificio Kavanagh, de estilo art deco, é um desses exemplares – chegou a ser o prédio mais alto da América do Sul.
Da praça é possível ver a Torre dos Ingleses (depois da Guerra das Malvinas, o monumento mudou de nome, mas esse não pegou), que foi inspirada no Big Ben. #tretadiplomatica
Cemitério da Recoleta (Junín, 1760 – Recoleta)
Quem nunca foi turista e visitou um cemitério é porque não foi a Buenos Aires. Além de jazigos lindos e trabalhados na arte, o Cemitério da Recoleta guarda o corpo de ninguém mais ninguém menos que Evita Perón. Com tanta gente “importante” enterrada ali, o local se tornou ponto turístico popular e oferece até visita guiada.
O Cemitério da Recoleta funciona todos os dias das 7h às 17h45.
Floralis Generica (Plaza de las Naciones Unidas – Recoleta)
Sabe aquela flor que todo mundo que vai a Buenos Aires tira foto? Então, é a Floralis Generica, exposta no bairro da Recoleta. Para chegar, basta sair da praça, passar em frente do Cemitério, cruzar o largo do Museu de Belas Artes, atravessar a “pontezinha” sobre a avenida Figueroa Alcorta e pronto – juro que é fácil!
Ao lado da flor desenhada pelo arquiteto argentino Eduardo Catalano está a Faculdade de Direito, um prédio bem bonito! Construída pela fabricante de aviões militares Lockheed Martin, a flor gigante de metal se abre e fecha conforme a luz do sol – uma perfeita obra de engenharia!

Dalí, o passeio natural é seguir a avenida até o MALBA, museu que possui uma interessante coleção de arte latino-americana, além de exposições temporárias.
MALBA (Av. Figueroa Alcorta, 3415 – Palermo)
Adoro museus e adoro, principalmente, o MALBA – Museo de Arte Latinoamericano
de Buenos Aires. Obras importantes de artistas mais importantes ainda, como o Abaporu, de Tarsila do Amaral, um autorretrato de Frida Kahlo e trabalhos de Di Cavalcanti, estão logo no primeiro andar. Entre, conheça o acervo, visite as exposições temporárias e termine a visita com um café (ou taça de vinho) no Café do museu.
Funcionamento:
5ª a 2ª: 12h às 20h
3ª: fechado
4ª: 12h às 21h
Ingresso:
5ª a 2ª – ARS 100
4ª – ARS 50
Bosques de Palermo
Bosques do Palermo é como é conhecido o Parque Trés de Febrero. Essa área enorme abriga importantes pontos de interesse, como o Rosedal – lindo jardim com várias espécies de rosas, localizado no coração do parque, entre os lagos. O acesso é pela ponte sobre o lago ou pela Av. del Libertador (aberto diariamente das 12h às 19h) – e o Jardim Japonês – lindo exemplar desse tipo de construção, com lagos artificiais (com peixes), oásis de pedras, muitos bonsais, e A Grande Casa de Chá (aberto diariamente das 10h às 18h – entrada: ARG 70).

Mercado de San Telmo (Defensa 963, Bolívar 954/970/998 e Estados Unidos 460 – San Telmo)
Bem no estilo de Mercadão que estamos acostumados, o Mercado de San Telmo foi inaugurado em 1897. As muitas barracas vendem de tudo – frutas, roupas e brechós (comprei um óculos retrô lindo por R$ 30). Vale entrar, olhar, pechinchar e parar para tomar um café com empanada!

Feira de San Telmo (San Juan y Defensa – San Telmo)
Feira gigante que é realizada todos os domingos no bairro de San Telmo. O passeio não vale apenas pelas “barracas oficiais”, mas também pelos artesãos “paralelos”, pelas performances artísticas no meio da rua e pelo clima tilelê que abençoa o lugar.

Mafalda (Chile com Defensa)
A estátua da personagem é pequena e tem muita fila para tirar foto. Mas juro que acho que vale a pena! Eu, pelo menos, enfrentei a fila felizona com uma Quilmes na mão.
Caminito (Calle Magallanes / Calle Dr. Enrique del Valle Iberlucea – La Boca)
Não se engane pelas fachadas coloridas e tango na rua, o calçadão foi construído para turistas e está no centro do bairro operário La Boca. É legalzinho, mas menos do que aparece nas fotos. É possível percorrer o Caminito em menos de uma hora e daí seguir para a próxima parada.